O que dizer sobre BH, uma cidade de 2.502.557 milhões de habitantes, mas que continua com a simpatia de uma cidade pequena. As pessoas são super adoráveis, se cumprimentam nas ruas e sempre estão prontas para te ajudar. Bem diferente do primeiro impacto que tivemos. Quando chegamos e vimos aquelas super rodovias, viadutos e um trânsito pesado e agressivo ( sexta feira as 17:30, bem no horário de pico) me lembrou muito São Paulo. Belo Horizonte tem tudo o que uma cidade grande tem para oferecer mas com um tempero caseiro. Mais lento e aconchegante que te faz se sentir em casa.

A nossa estadia em BH não poderia ter sido melhor, pela primeira vez na viagem conseguimos um couchsurfingIMG_1414 para nos hospedar, no bairro de Santa Tereza. O Oliver, paulista, mas que mora em BH a quase 20 anos, já com todas as manias de um mineiro, Uai not! Um cara super legal, tranquilo e aberto para ajudar em qualquer coisa. Nos deu o mapa da cidade e nos explicou tudo sobre BH, onde ir, comer, ver arte…beber. Quando ele terminou a explicação tivemos a certeza que 3 dias não seriam o bastante para conhecer está cidade incrível. E a verdade que acabamos ficando mais dois dias. Muito obrigada pela acolhida Oliver, você foi um anjo!

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Coral pet de Oliver
Como eu sou louca por mercados, a nossa primeira parada foi visitar o Mercado Central. Chegamos lá para almoçar, mas antes fomos dar uma volta e se não tivéssemos tomado cuidado estaríamos babados bem antes do almoço. As lojinhas de cachaça são perigosíssimas, te oferecem milhões de provas, muitas de uns licores de cachaça, ou cachaça com milho verde, coco, maracujá…. É um mundo! Daí quando você se percebe que está de estômago vazio tomando cachaça antes das dose, ui! Está na hora de parar e comer algo. Kkkk…. Então fomos para a parte da comida, são tipos bares no meio do mercado onde todos ficam em pé, comendo e bebendo cerveja. Uma bagunça organizada. Demora um pouco para que você comece a entender o sistema por aqui, mas depois de alguns minutos você vai estar no balcão com uma cerveja na mão gritando o seu pedido para o cozinheiro. Uma loucura! Bom de mais!


No mercado você pode encontrar desde animais, como galinhas, piriquitos, coelhos, cachorros, gatos… Até as melhores goiabadas castão da cidade e as cachaças mais caras também. Foi uma experiência incrível, eu voltaria hoje lá para fazer tudo de novo.

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Visitamos também o Parque Municipal, bem no centrão da cidade, bem organizado e arborizado. Um lugar bom para fugir do sol e da bagunça do centro. Tomamos uma água de coco e ficamos observando os barquinhos remarem de ré, não sei por que mais eles estavam todos remando com a proa para traz… Sei lá eu, vai que é coisa de mineiro.

A Pampulha, um passeio mais que especial. Tivemos uma tarde linda por lá. Conhecer esse projeto gigante é super fascinante do maior arquiteto brasileiro, não digo o melhor, mas sim o mais famoso internacionalmente. O grande Oscar Niemeyer, projetou a Pampulha no começo dos anos 40, convidado pelo Juscelino Kubitschek. Dizem que foi um ensaio para Brasília, que seria o seu próximo projeto mostro.

Alugamos bicicletas (R$ 10/ €2.50 por hora) e fizemos o percurso, 19km, completo na lagoa (artificial) da Pampulha. Foi lindo! Fomos parando nos prédios principais para conhecer um pouco mais da arquitetura deste mestre. A entrada em todos os prédios são gratuitas. O mais famoso é a Igreja da Pampulha (a única que não é entrada gratuita), com um mural do Candido Portinari e formas bem incomum para uma igreja na década de 40.
Super harmônica se encaixa super bem com a paisagem.

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Conhecemos também a Casa do JK, Museo de Arte e a Casa do Baile. Todas construções super modernas, com muitas curvas e é claro muito concreto. Que é uma das marcas da arquitetura do Brasil da década de 40 e 50, e um dos amores do Niemeyer.

O museu de arte da Pampulha estava com uma exposição bem interessante de arte de rua e grafites. A intervenção da arte de rua em um prédio super modernista se contrastam bastante ao mesmo modo que se ornam. Já consigo imaginar um desses prédios todo grafitado, com murais imensos e coloridos, ficariam bem interessante. Outra coisa bem interessante no museu é a sala de conferência, a acústica é perfeita. Se você ficar em pé no meio do salão, e falar ou fazer qualquer som vai escutar a propagação por alguns segundos, é incrível! Super vale a pena ir a Pampulha só para brincar com esta acústica, ficamos impressionados.

Na nossa viagem a BH não podíamos deixar de conhecer vários butecos. Como estávamos hospedados no bairro de Santa Tereza, acabamos explorando os da vizinhança. Sempre com uma cerveja gelada, uma cachaça gostosa e uma comidinha de lamber os lábios. E nem se fala da simpatia das pessoas, sempre sorrindo e puxando conversa. Muito bom mesmo! Mas teve um que teve um diferencial, um bar bem de bairro, com uma cerveja super barata e para o nosso espanto várias drones e brinquedos para adultos, nada sexual! Tipo toca fitas antigos, helicópteros e aviões de controle remoto…. Algo bem diferente para um bar, acabamos perguntando para a dona e ela falou que era parte da coleção do marido dela. Sem falar que no bar vendia desde produtos de limpeza a pickles. Uma mistura bem diferente!

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Uma das noites encontramos com o André, amigo de infância, que agora está morando e estudando em BH. Super focado nos estudos e louco para entrar no mercado de trabalho. Ele é mestrando na área de psicologia do esporte, conversando com ele descobrimos uma área que não tínhamos nenhum conhecimento antes. E parece fascinante!

Depois de quase uma semana em Belo Horizonte temos que seguir estrada. Daqui resolvemos dar uma passada no Inhotim, meu presente de aniversário! Um dos maiores museus a céu aberto do Brasil.
Todos os detalhes desse passeio incrível no próximo post…
Até Jaja!

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